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Fantasias no Reino da Lollipop

Fantasias no Reino da Lollipop

Rino, o rinoceronte

Rino era um rinoceronte que vivia há muito tempo no jardim Zoológico.

Levava uma vida calma e pachorrenta entre as suas sestas prolongadas e os seus grandes banhos na água lamacenta.

Fazia grandes banquetes com as ervas e as folhas que lhe davam para comer e que fazia questão de as mastigar demoradamente prolongando as suas refeições num ritual cheio de prazer e de satisfação.

Tinha tão bom feitio que fez grandes amizades com pássaros coloridos de todas as espécies que o visitavam durante o dia animando-o ao som dos seus alegres chilreio e lhe provocavam fortes gargalhadas com as cócegas que sentia quando eles lhe debicavam das suas costa os incómodos insectos que teimavam em picá-lo o dia inteiro.

Mas Rino começou a sentir-se sozinho, principalmente à noite, quando os seus amigos passarinhos iam dormir. E começou a ficar muito triste. Tão triste que já nem as crianças para quem ele gostava tanto de olhar e de lhes acenar com a pesada cabeça, lhe alegravam.

Um dia em que dava mais um mergulho na lama, um barulho esquisito fê-lo olhar para o céu. Viu um grande caixote a descer por uma grossa corda de um helicóptero.

Quando o caixote aterrou, Rino aproximou-se com muito cuidado.

De repente, o caixote abriu-se e de lá de dentro, saiu a mais bela rinoceronte que ele já vira, com um grande laço cor-de-rosa a enfeitar-lhe o pescoço.

Começou a cheirá-la, e logo começaram a roçar os seus chifres.

De início devagarinho, e depois furiosamente.

Nesse momento, teve a certeza de que esta era a rinoceronte da vida dele.

Decidiram unir as suas vidas para toda a eternidade no meio de uma grande festa decorada com coloridos balões, papelinhos, serpentinas, fogo de artifício e música a rodos, com todos os animais do Jardim Zoológico que apadrinharam os gordinhos rinocerontezinhos que foram nascendo.

 

 

Na Garupa da Imaginação

Na garupa da imaginação

Deixei o sentimento voar

De ternura passou a paixão

Das amarras já não vou escapar.

 

Pois o vício de amar

É como as ondas do mar.

Enrolam o melhor sentimento

E rebentam com o discernimento.

 

As palavras são levadas pelo vento

Os gestos diluem-se no tempo

A força do olhar não engana

Tudo na alma profana.

 

A vida é uma paixão 

Quando se leva a brincar

Acalentando a ilusão 

De nunca se deixar enganar.           

 

Diz o povo e com razão

Não se deixem enganar

A força de uma paixão

À loucura pode levar.