Quem por aqui conhece a história de São Valentim, o homem que nos permitiu ter este dia recheado de devaneios românticos levados ao limite da loucura ?
Passo a explicar em 3 minutos :
"Valentim era um padre levado da breca, lixado como o caraças, que à revelia do Cláudio II, aquele ogre que proibiu o casamento de todo e qualquer mancebo em idade para tal, de molde a garantir que estes despejassem toda a sua pujança sobre os guerreiros inimigos, continuou no mais secreto dos segredos a casar os desvairados sem tino numas húmidas e obscuras catacumbas localizadas em parte incerta.
Só que as alcoviteiras de serviço que estavam encostadas às boxes pois ninguém lhes pegava nem por um fio de cabelo, meteram a boca no trombone e vai daí e pumba... já foste desterrado para o calabouço longe da vista e dos corações.
Mas malandreco não tem remédio santo que lhe valha e logo botou a vista em cima da filha do carcereiro que por sua vez ficou com o coração a palpitar que nem uma batata frita cada vez que ele lhe escrevia uma baboseiras numas cartitas larocas em troca de tabaco para mascar para entreter os dentes, sussurrando-lhe em tom cavernoso From Your Valentine"
Desde tenra idade que Albertina e Alberto eram unha com carne.
Na escola não se largavam por um segundo, fora da escola corriam atrás um do outro por entre campos verdejantes em alegres brincadeiras.
Foram crescendo sempre juntos só tendo olhos um para o outro.
Passou a ser um namoro pegado para se transformar num amor para toda a vida.
Um namoro passado nos bailes daquela aldeia que estava sempre em festa, onde eram os reis da folia.
E era assim que Albertina era feliz. Sempre em festa com o seu Alberto, no meio da folia e do divertimento.
Todas as tentativas de ensinamento que sua mãe lhe tentara transmitir sobre as delícias de cozinhar saíram goradas. Ela não precisava de agarrar um homem pelo estômago pois há muito que agarrara o seu.
E como todos neste planeta também eles foram apanhados pela pandemia que se julgava ser passageira, e obrigados ao confinamento, cada um na sua casa.
Passaram a namorar por videochamadas, o dia inteiro agarrados ao écran, noites inteiras com juras de amor e promessas de uma vida em comum no fim da pandemia.
Mas a pandemia teimava em não passar.
E as videochamadas começaram a ser mais espaçadas passando a ser apenas chamadas de voz pois Albertina ficara de repente sem câmara no seu telefone.
Chamadas essas que, pese embora as tentativas insistentes de Alberto foram rareando cada vez mais da parte de Albertina que deixou mesmo de atender o telefone para desespero de Alberto que lhe enchia a caixa do correio de mensagens.
O pânico começou a tomar conta de Alberto perante o visível desinteresse demonstrado por parte de Albertina.
Tal só podia significar algo que só de pensar sentia a alma a trespassar o seu ser.
Que Albertina se tomara de amores por outro que conheceu durante este afastamento involuntário.
Mas que mais poderia fazer Alberto?
Todas as tentativas humanamente possíveis de contacto e reaproximação saíram frustradas.
Em desespero de causa saiu de casa naquela noite sorrateiramente todo de negro vestido desafiando o recolhimento obrigatório rumo a casa da sua amada pronto a enfrentar a verdade por mais dura que ela fosse.
Quanto mais se aproximava mais evidente era o som de ruídos no seu interior a que se sobrepunha a voz maviosa da sua amada em alegres cantorias evidenciando um estado de alma pleno de felicidade.
Embora a noite estivesse quente, Alberto estava gelado por dentro mas suando por cada poro da sua pele, tremelicando que nem varas verdes.
Trepou silenciosamente o muro e qual lobo furtivo à espera de caçar a sua presa, alcançou a janela mais próxima entreaberta na qual foi possível observar o movimento no interior.
E o seu maior medo confirmou-se.
Afinal havia outro, disso não havia qualquer dúvida.
Um fogão reluzente que fumegava em todo o seu esplendor onde repousavam tachos e panelas repletos de iguarias que Albertina aprendeu a fazer durante o confinamento.
Há 22 anos atrás, eu moçoila felizmente grávida de primeira viagem, preparei-me para receber o meu primogénito com tudo a que ele tinha direito.
Não falo do básico, berços, roupas, chuchas, esterilizadores, mas de toda e qualquer literatura que versasse sobre o assunto para fazer o devido acompanhamento da minha cria mor.
Fiz-me assinante de diversas revistas, criei uma biblioteca temática, falei com tudo o que foi gente que me pudesse transmitir os seus sábios e mais experientes conselhos.
E chegou o meu pequeno príncipe com toda a pompa e circunstância, que logo teve a primeira desilusão da vida dele ao não ter leite para mamar, pois não havia maneira de subir tal como dizem.
De biberão em riste, sorvia cada gota sofregamente até nada mais restar, e assim continuou pois cedo descobriu ser muito mais fácil chupar da tetina do que da mamita.
Era um verdadeiro anjinho rechonchudo que ao contrário do que tinha ouvido dizer, dormia placidamente a noite inteira.
Esta mãe sempre atenta, e crente na sabedoria popular, punha religiosamente o despertador a tocar de 3 e 3 horas para lhe enfiar o biberão goela abaixo, que ele embora continuasse a dormir não se fazia de rogado.
E assim continuou por 1 mês, e outro mês, e mais outro mês, até que perguntei à pediatra até quando teria que alimentar a cria de 3 em 3 horas.
- É ele que acorda a chorar com fome? – perguntou a pediatra
- Não… ele dorme a noite inteira, o despertador toca, agarro nele, dou-lhe o biberão, bebe-o todo e continua a dormir….
- Vou-lhe passar uma receita infalível que vai solucionar tudo, mas só a lê quando chegar a casa.
E dizia a bendita da receita o seguinte “ Agora que está em casa, agarre nos livros todos que comprou e livre-se deles, cancele as assinaturas de todas as revistas e esqueça tudo o que ouviu dizer. Se ele tiver fome durante a noite vocês então vão ouvir”
E eis-nos chegados à reta final deste colorido desafio que tão boas recordações nos avivaram a memória numa paleta de cores diversificadas.
Vamos cortar a meta em tons de branco, cor da pureza, da tranquilidade, da serenidade e da paz.
Pomba branca, pomba branca, já perdi o teu voar, naquela terra distante, toda coberta plo mar…
Na minha caixinha mágica de memórias, o branco remete-me também para uma terra distante, onde vivi com toda a intensidade e magia o meu verdadeiro White Christmas.
No fulgor dos bons velhos anos 80 as nossas férias eram passadas em família e com amigos em Benidorm, terra de calor e de loucura sem igual, onde se fazia tudo menos dormir.
Foi por lá que me encantei com os 2 metros de altura do meu holandês voador e que tivemos aquele amor de verão inesquecível, perpetuado durante o resto do ano em trocas amorosas de resmas de cartas.
No ano seguinte de novo nos encontrámos no sítio do crime, desta vez ele arrastou para lá a família que logo se entendeu às mil maravilhas com a minha, de tal modo que, passados 2 meses vieram cá todos passar uma fantástica temporada, tendo ficado assente desde logo que o Natal seria passado na casa deles.
E eis que chegada a altura, recebi de presente um casaco branco mais quente que a pele de um urso polar, e umas botas brancas que encheram de vaidade.
Quando aterrámos, o tempo desiludiu-me, pois era de noite e chovia copiosamente.
De manhã, fui acordada com algo a bater na janela. Eram bolas de neve que estavam a atirar contra a janela depois de, milagrosamente ter nevado a noite inteira.
Foi o Natal branco da minha vida, com direito a passeios por paisagens brancas, brincadeiras no meio da neve, bonecos de neve vestidos a rigor, lutas de bolas de neve e noites passadas ao som do Last Christmas.
Este romance ainda durou uns meses, mas derreteu como uma bola de neve quando ele decidiu pespegar-se cá em casa e por cá ficar para o que desse e viesse.
Passámos anos sem saber um do outro, até que fui descoberta nas redes sociais
Veio cá há 2 anos atrás e foi delicioso rever um dos meus grandes amores de verão que afinal não passava disso mesmo, mas que continuava divertido e encantador tal como me lembrava, embora tivesse perdido a sua farta cabeleira que tanto me encantava.
Novo Desafio da nossa abelhinha mais querida desta blogosfera, este verdadeiramente desafiante : Escrever um texto sem uma única palavra "E".... O texto "deveria" ter o máximo de 100 palavras, mas rebelde como sou, excedi o número.... mas achei que estava tão fixe (gaba-te cesta que amanhã vais à vindima) que decidi não cortar nada. Sorry abelhinha. Não te zangues comigo.
Aqui vos deixo o link para que todos vocês que por aí pululam com essa mentes fervilhantes de ideias geniais, entrem neste desafio onde a diversão está garantida.
"Como todos os dias, os alunos cantarolavam a uma só voz a cantiga das vogais.
Mas agora a cantiga não foi igual. Havia algo muitíssimo invulgar.
- a, i, o, u… !!! – a,i, o, u … !!!! – a,i,o,u…!!!
Faltava uma vogal ! Sumira uma vogal como num ato mágico.
Os alunos assustados clamaram por auxílio da instruidora a qual panicou gritando para todos avisar.
Súbito, uma carta voou para o chão da aula trazida no bico duma rola luminosa.
A vogal sumida para não mais afligir os alunos, mandou uma justificação para a sua fuga .
Tirara uns dias para folgar, com o cansaço com tamanho abuso como vogal mais utilizada para ligação, conjugação, apuração ou adição.
Os alunos acalmaram com a justificação, votaram por maioria a favor da folga para todas as vogais uma a uma , com o compromisso da volta da vogal agitadora."
Semana para dissertar sobre o castanho escuro…castanho escuro em plena Primavera?
Castanho escuro remete para os dias de Outono que desejamos ver, por agora, muito longe….
Castanho escuro sempre presente nas minhas botas, castanho escuro na lenha para a lareira que conforta os nossos serões, castanho escuro nos paus de canela com que eu gosto de mexer o meu café castanho escuro, castanho escuro nas castanhas fumegantes, prenúncio do final do bom tempo.
Naquele final de Verão, a quinta do Tio Manuel resplandescia de cor com a diversidade de frutos que cresciam a bom ritmo nas suas árvores cuidadas com todo o amor e carinho.
Tinha um enorme orgulho no seu souto onde dos frondosos castanheiros pendiam cachos de ouriços, dos quais já se vislumbravam as belas das castanhinhas que iriam ser as rainhas do magusto, ponto alto da vila, onde todos se reuniam em alegre confraternização à volta do madeiro.
E um por um todos os ouriços foram abrindo e libertando castanhas grandes e saborosas, prometendo a melhor colheita dos últimos tempos.
Todos menos um ouriço que se mantinha teimosamente fechado, agarrando nas suas entranhas aquela castanha da qual não se conseguia libertar.
No almoço domingueiro de família habitual na quinta do Tio Manuel, Ritinha a sua neta de lindos olhos castanhos escuro corria deliciada brincando entre as árvores e admirando os frutos que ela fazia questão em acompanhar o seu crescimento.
Quando os seus olhos pousaram sobre o ouriço teimoso, começou a entoar com a sua doce voz “ Ouriço ouricinho não sejas teimosinho. Atira para o meu colinho essa bela castanhinha”.
E de repente, como num passe de magia, o ouriço abriu-se num bocejo inesperado, libertando a maior castanha que Ritinha que os grandes olhos de Ritinha já viram.
Feliz, aninhou a bela da castanha nas suas mãos bojudas e correu para o colo do avô Manuel que lhe disse para com ela ficar.
E foi assim que aquela bela castanha de cor tão castanha escura se tornou gurdiã dos sonhos de Ritinha na sua mesa de cabeceira.
Todas as quartas feiras publicamos um texto novo inspirado nas cores dos lápis da caixa que dá nome ao desafio no blogue da Fátima
Meu coração é Vermelho, De Vermelho vive o coração, Tudo é garantido após o sol Vermelhecer.
E é tão isto…. As vezes que vermelhei ao som desta vermelhidade qual papoila (vermelha) saltitante, relembrando as alegres peregrinações com o meu Pai ao Glorioso Estádio da Luz e bem mais tarde, em família, com os meus vermelhusquinhos.
Mas há mais vermelho que salpica a minha vida, começando pela época natalícia (mais vermelho que esta época não há), em que pela mão da minha querida mãe, calcorreavamos a Baixa Pombalina de ponta a ponta em busca dos barbudos e gorduchos Pais Natais nos seus trenós e com as suas renas para as fotografias da praxe, tradição que mantive com o meu filho mais velho que também adorava, e em que apenas fui bem sucedida nesta demanda com a mais nova nos seus primeiros anos de vida…....
Vermelho também das cerejas que sempre comi até ficar a rolar com dores de barriga, e das fatias enormes das melancias sumarentas que ia comer para o portão da casa dos meus pais, provocando grandes birras à miúda da casa em frente.
Vermelho das joaninhas pintarolas que eu caçava para lhes cantar “ voa voa joaninha que o teu pai foi a Lisboa” , e da sua história que escrevi que um dia destes vos contarei.
Vermelho das minhas galochas que em miúda me enchiam de contentamento nos dias de chuva ao chapinhar em todas as poças de água que encontrava pela frente e que passados tantos anos finalmente consegui encontrar umas exatamente iguais, que agora não largo mal veja umas pinguinhas a cair para de novo ir chapinhar em todas as poças de água.
Todas as quartas feiras e durante 12 semanas publicamos um texto novo inspirado nas cores dos lápis da caixa que dá nome ao desafio no blogue da Fátima
A cor desta semana é o verde água, verde claro, a remeter para a Primavera com os seus campos verdejantes e para a Esperança de que tudo fique bem.
Verdes são os campos da cor de limão, assim são os olhos do meu coração, Verde que te quero verde, verde vento , verdes ramas.
Viajei de imediato para a Ilha Esmeralda, assim denominada a Irlanda pela sua paisagem constantemente verdejante, mercê das chuvas e neblinas frequentes, verde o símbolo do nacionalismo irlandês com origem na cor verde das fardas dos soldados na Rebelião Irlandesa de 1798, onde não existem cobras, pois foram expulsas e para sempre banidas pelo seu padroeiro, St Patrick, que explicou a Santíssima Trindade aos pagãos celtas com trevos de 3 folhas, e que leva no dia 17 de Março, a que uma multidão de verde trajada invada as ruas em alegres desfiles, de cerveja Guiness na mão.
A minha veia mística relembra-me os pequeninos seres mágicos sapateiros no reino das fadas, os duendes rezingões que moram em casas nas raízes das árvores das florestas, se escondem entre as folhas das árvores e no meio das folhas dos arbustos ocupados a fazer sapatos e que guardam ferozmente o pote com moedas de ouro no final do arco íris.
A minha veia nostálgica remete-me para uma década atrás, onde, no âmbito da disciplina de francês ajudei o meu filho a fazer um chapéu em tons de verde (esperança) e amarelo (sabedoria) para a comemoração do dia das “Catherinettes”, a 25 de Novembro, em honra de Santa Catarina, padroeira das raparigas solteiras (Les Catherinettes), onde anualmente as raparigas com mais de 25 anos renovam o chapéu de Santa Catarina e saiem em procissão na esperança de encontrar um marido, num desfile de chapéus em verde e amarelo.
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"Era uma Vez uma mulher que quando acordou do coma só Miava..."
Mia crescera com o estigma do seu nome que odiava pois era alvo das piadas dos seus amigos que insistentemente repetiam “Mia, porque não mias”.
De dia, tentava não tropeçar nos gatos que ronronavam no seu quintal, espreguiçando-se preguiçosamente sob os raios do sol, os mesmos que à noite competiam em serenatas de miados debaixo da sua janela.
Naquele dia em que amanhava umas belas postas de pescada, foi atender a vizinha que lhe tocara à porta a pedir um raminho de salsa, e quando voltou, tinha a cozinha cheia de gatos que saltaram pela janela para lhe roubarem o peixe.
A vociferar, de vassoura na mão, iniciou uma corrida em barda atrás dos gatos ladrões.
Escorregou num ramo de salsa que deixara cair sem querer, bateu com a cabeça no chão e foi para o hospital em coma.
Quando acordou do coma só miava para espanto geral.
Chamaram a curandeira lá da terra que logo descobriu que tinha sido alvo de mau olhado da vizinha a quem dava salsa.
Depois de umas rezas, umas mezinhas e uns pós de pirlimpimpim, Mia deixou finalmente de miar, passando a divertir-se com a sua vizinha que de um momento para o outro passou a zurrar.
Conto no âmbito de "Os Desafios da Abelha" no blogue
Amarelo é alegria, é ânimo, é festa e festival, é a vida radiosa em todo o seu esplendor.
Amarelo dos raios brilhantes do sol que nos aquecem a alma e dão ânimo e alegria fazendo rodopiar os girassóis que fizeram parte do meu ramo de noiva em conjunto com as margaridas amarelas que também foram bordadas no meu vestido de noiva, amarelo dos limões que colhia do limoeiro que vi crescer no quintal dos meus pais, e que alegremente trepávamos nos seus galhos para os colher e transformar em litros de limonadas que refrescavam as quentes tardes de Verão da grupeta.
Amarelo dos pintainhos que nasciam sem qualquer aviso, dos patinhos que os meus pais compravam nas manhãs de Sábado no Mercado da Ribeira e que eu corria atrás deles para lhes colocar lacinhos coloridos.
Amarelo das amarguinhas que vestiam os campos que atravessávamos em bando a caminho da escola e que sugávamos entre esgares de prazer e de amargor numa alegre pangaida cantando a plenos pulmões We all live in a yellow submarine, a yellow submarine, a yellow submarine.
Amarelo do Woodstock, o passaroco que em pensamentos diz tudo aquilo que nós também gostaríamos de dizer mas que guardamos para nós, amarelo do Sítio do Picapau Amarelo que encantou toda uma geração e que tanta saudade deixou com a boneca Emília e o seu cabelo amarelo esfarrapado, amarelo do Tweety, o canarinho amarelo que estava sempre a ver um lindo gatinho.
Amarelo das paredes da minha sala e dos muros do meu quintal, onde num dia de inspiração pintei um sol amarelo, amarelo no quadro de um pintor de rua que no Brasil nos encantou, amarelo nas minhas orquídeas que de novo estão a desabrochar em todo o seu esplendor, amarelo do vestido que por acaso hoje vesti.
Se toda a gente gostasse do amarelo como eu gosto ….
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